O Tarot é um jogo de cartas jogado na França e em
outros países francófonos, composto por um baralho de 78 cartas. A Fédération
Française de Tarot publicou as regras oficiais do jogo. Jogos da mesma família
com diferentes nomes são também jogados em outros países da Europa central — na
região da Floresta Negra no sul da Alemanha, Suíça, Áustria, Hungria e no norte
da Itália. Desde o século XVIII as cartas passaram a ser usadas para a previsão
do futuro e desde fins do século XIX elas integram o cerne do esoterismo
moderno juntamente com a Cabala, a astrologia e a alquimia medieval.
HISTÓRIA
As cartas de tarot surgiram entre os
séculos XV e XVI no norte da Itália, e foram criadas para um jogo de mesmo
nome, que era jogado pelos nobres e pelos senhores das casas mais tradicionais
da Europa continental. O tarot (também conhecido como tarot, tarocchi, tarock e
outros nomes semelhantes) é caracteristicamente um conjunto de setenta e oito
cartas composto por vinte e um trunfos, um Diabo e quatro conjuntos de naipes
com quatorze cartas cada — dez cartas numeradas e quatro figuras (uma a mais
por naipe que o baralho lusófono).
As cartas de tarot são muito usadas na
Europa em jogos de cartas, como o Tarocchini italiano e o Tarot francês. Nos
países lusófonos, onde esse jogo é bastante desconhecido, as cartas de tarot
são usadas principalmente para uso divinatórios, para o qual os trunfos e o diabo - jocker - curinga são conhecidos como arcanos maiores e as cinquenta e seis cartas de
naipe são arcanos menores. Os significados divinatórios são derivados
principalmente da Cabala — vertente mística do judaísmo — e da alquimia
medieval.
O historiador do Tarot, Michael
Dummett, sugeriu três classificações principais, são consideradas como modelos
das muitas variedades conhecidas, rotulando-as de A, B e C . Outro especialista
e colecionador do Taroot, Tom Tadfor Little, renomeou estes três grupos de
acordo com as áreas geográficas – do norte da Itália – de onde estes se
desenvolveram :
Padrão milanês: Originado na corte de
Visconti em Milão deste originaram os tarot franceses e suíços, e é
provavelmente o mais conhecido; este grupo corresponde ao tipo denominado por
Dummett como C;
O padrão da corte da família Este, em
Ferrara, que possuíam a sua própria tipografia para fazer cartas. Além da
cidade de origem, chegou somente até Veneza; este grupo corresponde ao tipo
denominado por Dummett como B;
Nascido na Bolonha, o mais “popular”
dos três (pelo menos até o século XVIII) desenvolveu-se nas regiões do sul da
Itália, não sendo especificamente relacionado com qualquer corte nobre, atingiu
Florença (onde provavelmente inspirou o Minchiate) e mais tarde a Sicília.
Original da cidade de Bolonha, possui 62 cartas. Por isto, também é chamado de
Tarocchino (“tarot pequeno”). Este grupo corresponde ao tipo denominado por
Dummett como A20 .
O tarot esotérico
A primeira grande publicidade acerca
do uso divinatório do tarot veio de um ocultista francês chamado Alliette, sob
o pseudónimo de "Etteilla" (seu nome ao contrário), que atuou como
vidente e cartomante logo depois da Revolução Francesa. Etteilla desenhou o
primeiro baralho esotérico, adicionando atributos astrológicos e motivos
"egípcios" a várias cartas, elementos alterados do Tarot de Marselha,
e incluindo textos com significados divinatórios escritos nas cartas. Mais
tarde Mademoiselle Marie-Anne Le Normand popularizou a divinação durante o
reinado de Napoleão I, pela influência que exercia sobre Josefina de
Beauharnais, primeira esposa do monarca. Contudo, ela não usava o tarot
típico.
Desde então as cartas de tarot são
associadas ao misticismo e à magia. O tarot não foi amplamente adotado pelos
místicos, ocultistas e sociedades secretas até os séculos XVIII e XIX. A
tradição começou em 1781, quando Antoine Court de Gébelin, um clérigo
protestante suíço, e também maçom, publicou Le Mond Primitif, um estudo
especulativo que incluía o simbolismo religioso e seus remanescentes no mundo
moderno . De Gébelin primeiro afirmou que o simbolismo do Tarot de Marselha
representava os mistérios de Ísis e Thoth. Gébelin também afirmava que o nome
"tarot" viria das palavras egípcias tar, significando "rei,
real", e ro, "estrada", e que por conseguinte o tarot
representaria o "caminho real" para a sabedoria. Dizia o autor que os
ciganos, que estavam entre os primeiros a usar o tarot para uso divinatório,
eram descendentes dos antigos egípcios (daí a semelhança entre as palavras
gypsy e Egypt, em inglês, mas isso na verdade é um estereótipo para qualquer
tribo nómada), e introduziram as cartas na Europa. De Gébelin escreveu esse
tratado antes de Jean-François Champollion ter decifrado os hieróglifos
egípcios, ou de fato ter sido descoberta a Pedra de Roseta, e, mais tarde, os
egiptólogos não encontraram nada que corroborasse a etimologia fantasiosa de
Gébelin. Apesar disso, a identificação do tarot com o "Livro de
Thoth" já estava firmemente estabelecidas na prática ocultista e segue
como uma lenda urbana até os dias de hoje.
A conceção de que as cartas são um
código místico foi mais profundamente desenvolvido por Eliphas Lévi (1810-1875)
e foi difundida para o mundo pela Ordem Hermética da Aurora Dourada. Lévi, e
não Etteilla, é considerado por alguns o verdadeiro fundador das modernas
escolas de Tarot Sua publicação Dogme et Rituel de la Houte Magie ("Dogma
e Ritual da Alta Magia"), de 1854, introduziu uma interpretação das cartas
que as relacionava com a Cabala Hermética. Enquanto aceitava a origem egípcia
do tarot proposta por Court de Gébelin, o autor rejeitava as inovações de
Etteilla e seu baralho alterado, e por sua vez delineava um sistema que
relacionava o tarot, especialmente o Tarot de Marselha, à Cabala Hermética e
aos quatro elementos da alquimia. .
O tarot divinatório era cada vez mais
popular no Novo Mundo a partir de 1910, com a publicação do Tarot de
Rider-Waite (elaborado e executado por dois membros da Aurora Dourada), que
substituía a tradicional simplicidade das cartas numeradas de naipe por cenas
simbólicas. Este baralho também obscureceu as alegorias cristãs do Tarot de
Marselha e dos baralhos de Eliphas Lévi mudando alguns atributos (por exemplo
trazendo "O Hierofante" no lugar de "O Papa", e "A
Alta Sacerdotisa" no lugar de "A Papisa"). O Tarot Rider-Waite
ainda é muito popular no mundo anglófono.
Desde então, um número enorme de
baralhos diferentes tem sido criado — alguns tradicionais, outros vastamente
diferentes. O uso divinatório do tarot, ou como um compêndio simbológico,
inspirou a criação de inúmeros baralhos oraculares. São baralhos para
inspiração ou divinação contendo imagens de anjos, fadas, deuses, forças da
natureza etc. Embora obviamente influenciados pelo tarot, eles não seguem sua
estrutura tradicional: algumas vezes omitem ou trocam alguns dos naipes, outras
vezes alteram significativamente o número e a natureza dos arcanos maiores.
EXTRUTURA
O tarot esotérico é constituído de 78 arcanos que se encontram divididos em dois grandes grupos:
Arcanos maiores
Os arcanos maiores possuem 22 símbolos
arquetípicos que revelam os estados latentes das ideias e possibilidades da
vida, a saber:
O Mago
A Sacerdotisa - A Papisa
A Imperatriz
O Imperador
O Papa
Os Enamorados
O Carro
A Força
O Eremita
A Roda da Fortuna
A Justiça
O Enforcado
A Morte
A Temperança
O Diabo
A Torre
A Estrela
A Lua
O Sol
O Julgamento
O Mundo
O Louco
Arcanos menores
Os Arcanos menores que expressam os
resultados e as formas das ideias, contidos no primeiro conjunto, possui 56
arcanos distribuídos por quatro símbolos básicos: o Naipe de Ouros, o Naipe de
Espadas, o Naipe de Copas e o Naipe de Paus. Por sua vez, cada naipe, possui
dez arcanos numerados e quatro arcanos com figuras da corte medieval (Valete,
Cavaleiro, Rainha, Rei).
Naipe de Ouros
O naipe de ouros está relacionado ao
elemento terra, portanto à vida material, às conquistas financeiras,
profissionais e a tudo que, enfim, representa aquilo que pode ser tangível em
termos materiais. No naipe de ouros existe a possibilidade de se conseguir
conquistar a segurança material com trabalho, disciplina e esforço. O ser
humano é ambicioso e a ambição tem relação como o naipe de ouros. Outra
característica do naipe de ouros é a dedicação, o esforço, o empenho dedicados
aos estudos e ao trabalho.
Naipe de Espadas
O naipe de espadas liga-se ao elemento
ar e está relacionado ao poder ambivalente da mente e do pensamento.
Naipe de Copas
No tarot, o naipe de copas é ligado ao
elemento água e ao mundo dos sentimentos, sendo o símbolo da taça relacionado
ao coração, como receptáculo das nossas emoções.
Naipe de Paus
O naipe de paus corresponde ao
elemento fogo que a tudo transforma sem ser alterado. Representado pelo bastão,
está ligado ao fazer e à criatividade.
MÉTODO
A leitura do tarot é executada por meio de uma técnica específica, jogos e métodos a serem estudados. Porém, tem-se observado não ser tão simples jogar o tarot, como o imaginário popular o faz crer. Médiuns, escolhidos ou estudiosos devem seguir um longo estudo para uma leitura séria de tarot, cada qual dentro de seu contexto. Num processo mediúnico, o tarot, seria uma ligação espiritual entre o ser e o plano superior como qualquer outro instrumento o faria, tais como, a cristalomancia ou a piromancia.
Por outro lado, existem as técnicas de leitura baseadas numa teoria consistente que, neste caso, serve tanto às leituras quanto à busca por autoconhecimento e o desenvolvimento espiritual.
Significados práticos dos arcanos maiores
Helena Gerenstadt
Esta apresentação, para ajudar os iniciantes na aplicação prática das cartas, teve como referência básica o livro La Sanación con el Tarot [A cura com o tarô] da autora espanhola Ahimsa Lara Rivera (Ed. Edaf, 6º ed., Madrid).
Ahimsa Lara sugere a utilização do Tarô de Marselha, "já que o seu colorido é exatamente o que o torna insubstituível; suas três cores primordiais, amarelo, azul e vermelho, são símbolos do conhecimento, da alegria, movimento e matéria. Esses três tons vibram ao nosso redor e nos dão energia, sendo muitas vezes os motivadores de estranhas e múltiplas sensações".
O Mago

Combinações: com os enamorados, sorte material, eleição feliz, altruísmo. Com a torre e os enamorados, desgosto passageiro. Com o carro, nova atividade.
A Sacerdotisa

A Imperatriz

Combinações: com o Mago, vontade para corrigir erros. Com o Imperador, reconciliação. Com a Estrela, sucesso na empresa, mesmo entendendo que a sorte não é permanente.
O Imperador
Simbolismo: sua coroa lhe situa por cima de qualquer influencia. Seu manto vermelho representa a ação, com o controle da mente (cor azul). A barba e o calçado indicam sabedoria. Algumas das interpretações: homem prático e benevolente. Eloquente. Protetor poderoso ou adversário terrível, dependendo das cartas que o acompanhem. Boas notícias. Materialização de planos, que de longo tempo vem sendo projetados. Necessidade de disciplina e economia. Esforço para conseguir o equilíbrio material.
Combinações: com o Mago e o Mundo, êxito material ou novo trabalho. Com o Diabo ou com o Enforcado, despotismo, abusos de poder. Com o Sol, recuperação da saúde
O Papa
Simbolismo: experiência e poder espiritual. O vermelho e o azul de sua capa, de forma igual, indicam equilíbrio, reflexão e amor. Em seu aspecto negativo pode ser alguém dogmático e opressor. Algumas das interpretações: bons conselhos. Matrimonio feliz. Convêm respeitar as normas familiares. Analise racional dos fatos. Segredo revelado. Vocação cientifica ou religiosa. Tem que ser fiel aos próprios valores morais. O Papa também sugere que a pessoa está regida por valores morais e convicções espirituais. Tem uma profunda confiança no futuro e sua forma de pensar a protege de todo mal.
Combinações: com o Mundo ou a Lua, necessidade de analisar o próprio inconsciente. Com o Ermitão, período de reflexão e solidão. Com o Enforcado, debilidade cardíaca. Com os Amantes, casamento.
Os Amantes
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Combinações: com a Estrela, liberdade para decidir ante uma encruzilhada. Com o Juízo ou o Sol, união feliz. Se sair junto com a Justiça, a Torre ou o Loco, divórcio. Com o Diabo ou a Lua, infidelidade ou enganos.
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O Carro
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Combinações: com os Amantes, brigas. Seguido com a Temperança, atraso de uma viagem que será afortunada. Com a Torre, acidente, más notícias. Com a Justiça ou a Força, litígio, discussões.
A Justiça
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Combinações: com a Torre, orgulho, desequilíbrio mental. Com o Enforcado, ameaça prisão física ou afetiva. Com o Diabo, enfermidade. Com o Sol, vitória sobre os inimigos
Simbolismo: a túnica indica que a paixão está controlada pela razão. A luz semi oculta da lâmpada é Inal de humildade e prudência na busca de si mesmo. Algumas das interpretações: quando sai de primeira, simboliza cura ou ajuda por parte de um médico. Época de reflexão e isolamento. Necessidade de conhecer as próprias motivações. Ser querido que se distancia. Viagens. Descobrimento das próprias possibilidades.
Combinações: a carta de sua direita simboliza o que busca a pessoa e a sai esquerda, o que deseja abandonar. Com o Louco, fuga. Com o Diabo, busca de um objetivo material.
A Roda da Fortuna
Simbolismo: as três figuras são a natureza animal. A que descende, deseja o material; a que ascende, luta para desprender-se da escuridão. A figura do centro obteve a purificação de seu ser físico. Algumas das interpretações: problemas sentimentais. Caso o consulente acaba por passar por uma situação difícil, se anuncia uma época dourada e vice versa. Transformação iminente ao compreender que, depois de um aparente fracasso, se abre um novo caminho. Superação de provas e necessidade de evolução. O bem-estar dependerá de si mesmo. Deve aproveitar as oportunidades que se apresentem.
Combinações: com os Amantes, situação sentimental enganosa. Se precede a Lua, realização de uma viagem ou de um projeto. Se a carta que precede for da Morte, é final de um período difícil. Pelo contrário, seguida desses arcanos, pode ser o início de um período mais difícil em nossas vidas.
A Força
Simbolismo: seu chapéu se refere aos seus conhecimentos sobre a eternidade e seus poderes psíquicos. A trança simboliza a energia que circula por seu corpo. Venceu todos os seus instintos passionais (leão), mas sem destruí-los. Algumas das interpretações: fortaleza e saúde. Período de provas, que prepararão para a existência futura. Êxitos obtidos através do esforço pessoal. Controle sobre si mesmo. Sabedoria. Depois de passar por uma metamorfose interior, que purifica suas próprias contradições, e ajuda a aceitar os defeitos e limitações, o consulente verá cumprida sua expectativa de mudanças. Gozará de grande vitalidade e motivação para continuar suas tarefas.
Combinações: junto com a Torre, sorte inesperada, cura. Com o Enforcado, saúde frágil. Seguido da carta da morte, revolução. Com o Carro, lutas inúteis.
O Enforcado
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Combinações: com a Torre, risco de depressão. Com o Louco, instabilidade emocional. Com o Diabo, ruptura necessária. Com o Sol, sorte inesperada. Com os Amantes, relação afetiva que desequilibra a consulente.
A Morte
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Combinações: com o Enforcado, carga difícil de levar, sacrifício. Com o Louco, ideias doidas. Seguida da Força, trás uma penosa transformação e se inicia um novo ciclo muito mais feliz.
A Temperança
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Combinações: com a Torre e o Enforcado, erro, dificuldade de adaptação, fragilidade física e psíquica. Com o Carro, impulsividade. Com a Lua e o Diabo, obsessões da natureza afetiva, que bloqueiam a consulente.
O Diabo
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Combinações: com o Enforcado, a Lua, a Justiça, saúde minada pelos excessos, transtornos da alimentação. Com o Sol, grande êxito material.
Com o Louco, erro fatal que é possível evitar se sai também a Sacerdotisa.
A Torre
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Combinações: com a Estrela, final de provas. Com o Diabo, desequilibro material ou sexual. Com o Sol, recuperação da saúde. Com o Enforcado, ruína material. Junto com o Carro, perigo de acidente.
A Estrela
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Combinações: com o Mundo, sucesso. Com a Lua, inspiração artística. Com a Sacerdotisa e o Enforcado, dotes poéticos e clarividência. Com o Juízo, popularidade. Com a Imperatriz, força para a ação, êxito em uma empresa.
A Lua
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Combinações: com o Mago, falta de energia, mas criatividade e muita imaginação. Com o Diabo, pouco sentido prático. Com a Justiça, escândalo social. Com o Carro, viagem. Com o Louco, problemas psíquicos.
O Sol ![]()
Combinações: seguido da Lua, do Enforcado ou da Torre, alguma doença passageira; mas precedido por estas cartas, cura. Com o Juízo, fama e prosperidade. Com o Diabo, relações sexuais gratificantes, mas passageiras.
O Juízo
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Combinações: com a Morte, fim de um período difícil. Com a Roda da Fortuna, o Sol, mudanças sociais inesperadas, benéficas. Com o Louco, erro que pode evitar-se. Com o Mundo, prestígio social.
O Mundo
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Combinações: com o Juízo, triunfo. Com o Carro ou com a Lua, viagens felizes. Com a Torre, orgulho que conduz ao fracasso dos negócios. Com os Amantes, encontro com a alma gémea, união feliz.
O Louco
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Combinações: com o Mago, inspiração. Com a Justiça, risco de perder a liberdade. Com o Diabo, perdas materiais. Ruína por causa de um comportamento imprudente.
agosto11
Contato com a autora:
Helena Gerenstadt - www.agarta.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
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Tarot Wicca - Baralho das Feiticeiras
Uma bela deusa, um ancião, um gato negro, uma espada e até uma vassoura. Estes são alguns dos símbolos wicca, antiga tradição celta, que ilustram o chamado baralho das bruxas. Cada carta aqui apresentada traz uma mensagem para o dia-a-dia, para os negócios e mesmo para o amor. Texto: Cacilda Guerra - As wiccas são bruxas e toda bruxa é má... Não é bem assim.
Essa história já anda para lá de caduca. Wicca é uma tradição antiga, composta de elementos mitológicos e práticas espirituais ancestrais, como o druidismo (a religião dos povos celtas), o xamanismo da Sibéria, a magia egípcia e a cabala. Seus praticantes celebram a natureza, enfatizam a tolerância e a amorosidade e seguem este lema: faça o que desejar desde que não prejudique ninguém. Em seus rituais, essas feiticeiras buscam algo que é inerente a muitos de nós: o autoconhecimento e a evolução pessoal. O tema “bruxas do bem”, aliás, está na moda. Há cursos pipocando por aí para aprender os segredos wicca e até enredos de programas de TV sobre o assunto: a novela Eterna Magia, da TV Globo, tem como protagonistas duas irmãs praticantes de wicca.
Um dos instrumentos de autoconhecimento usados por essa tradição é a leitura de cartas, como as criadas pela inglesa Sally Mornigstar, autora de O Livro e o Baralho Wicca (ed. Pensamento). “As respostas que procuramos estão dentro de nós. Basta que tomemos o caminho certo”, diz. Acredita-se que a escolha das cartas – aparentemente aleatória – segue o princípio da sincronicidade, sendo assim uma representação de nosso inconsciente. Dessa forma, a imagem escolhida traz uma mensagem, que funciona como um lembrete ou uma indicação do caminho.
O método de leitura sugerido aqui é simples: você pode se concentrar em uma pergunta específica e consultar o baralho no começo de cada dia ou pedir orientação antes de uma reunião de negócios, uma viagem, um encontro amoroso. Sorteie então uma carta – para isso, recorte papéis numerados de 1 a 42 – e leia a mensagem. É claro que, no fim, quem escolhe a trilha é você.





















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