Se eu pudesse dedicar-me só aos meus blogs, sites e à minha atividade de formadora, certamente que todos os dias publicaria uma mensagem, em cada um deles. Mas, a realidade não é, na maior parte das vezes, exatamente aquilo que desejaríamos ou com que sonhámos.
Assim, para que nos seja possível dedicar aos nossos prazeres ou atividades profissionais de eleição, temos, muitas vezes, que realizar outros trabalhos ou tarefas que não nos agradam tanto ou não nos realizam pessoal ou profissionalmente.
No fundo, tudo na nossa vida é um pouco assim. Se nos dá prazer convidar um grupo de amigos para almoçar ou jantar na nossa casa, já sabemos que temos que contar com a parte chata de todos os trabalhos domésticos, antes e depois da festa. Quando vamos de férias temos sempre aqueles momentos de stress, para escolher o que levar e fazer as malas, acomodar tudo na mala do carro ou não exceder o peso das malas, definido pelas companhias de aviação.
Quando escolhemos casar e ter filhos, sabemos de antemão que teremos que prescindir de muitas outras coisas que gostaríamos de fazer.
Quando chegamos à encruzilhada, é imperativo que escolhamos um caminho, pois, caso contrário, ficaremos parados, sem rumo, presos na nossa indefinição.
Hoje, que na minha "arrogante inocência" julgo saber qual o caminho que pretendo seguir, por mais estranho que possa parecer, continuo parada na encruzilhada. Pois, ainda que esteja segura do que verdadeiramente quero, tenho responsabilidades e obrigações que não me permitem dar ao luxo de fazer apenas o que me dá prazer.
Penso que, quando atingimos este degrau "saber exatamente o queremos", a vida nos põe de novo à prova.
Agora, já não se trata apenas de decidir qual o caminho a escolher, mas antes, como conseguir manter o equilíbrio e a paz interior, quando, finalmente, temos a certeza de que é aquele o caminho que queremos seguir e a vida decide apresentar-nos dificuldades e obstáculos, quase intransponíveis, que nos limitam e impossibilitam de, plenamente, o podermos trilhar.
Se conseguisse escrever uma mensagem por dia, teria, talvez, atingido a plenitude, o que talvez significasse que tinha chegado a altura de "viajar" para outra dimensão da vida.
A escadaria é alta, os degraus são desiguais e, por vezes, de grande dimensão. A subida é árdua, repleta de obstáculos, dificuldades e fatores limitadores.
Assim é a vida. Sem fé, coragem, caridade e Amor, dificilmente conseguiremos chegar ao topo dessa íngreme subida em direção à felicidade e encontrar a nossa verdadeira essência.