"Em círculo, somos todos iguais. Quando estamos em círculo, ninguém está à sua frente, nem atrás, nem acima e nem abaixo.
Um Círculo Sagrado é feito para criar Unidade. O Elo da Vida também é um círculo. Nesse elo há espaço para cada espécie, cada raça, cada árvore e cada planta."
Dave Chief, Oglala Lakota

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

LEI DA ATRAÇÃO OU TEORIA DO CAOS

Sincronia

Hoje, li um artigo no Portal STUM que achei excelente, quer pela forma como está escrito, clara e acessível, quer pela desmistificação que faz de certas "verdades" que circulam por todo o lado, as quais induzem as pessoas em erro, acabando estas por se sentir extremamente culpadas de tudo de mal que lhes acontece na vida.
Segundo a Lei da atração, nós temos o poder e a força para conseguirmos alcançar tudo o que queremos da vida. Basta acreditarmos e pedirmos ao Universo, mas, atenção, tem que ser da forma correta, caso contrário o Universo não entende nada e acaba por nos dar mais do mesmo, ou seja, exatamente aquilo que nós não queríamos.
Para muitos, esta "Lei" pode ser extraordinariamente cruel e inclusivamente levar ao surgimento e agravamento de depressões, pois a cada tentativa falhada, mais e mais a pessoa se vai convencendo de que tudo o que lhe acontece de mau é inteiramente sua culpa, pois não sabe "pedir" da forma correta.
Lei da Atração

Obviamente que todos nós sabemos que todos os nossos atos têm consequências, mesmo os mais inócuos e simples. Portanto, evidentemente, se tivermos baixa autoestima, pensamentos depressivos, se formos pouco afáveis, caridosos, eficientes, o retorno será em conformidade com o que demos. Da mesma forma, se tivermos uma atitude positiva, se formos eficazes e eficientes, se acreditarmos em nós próprios, se formos caridosos, amáveis, etc., nem tudo serão rosas, mas certamente, estaremos armados para lutar contra a adversidade e teremos sempre quem nos estenda a mão, até nos piores momentos.
Na verdade, mesmo o pior dos momentos, mesmo a catástrofe mais terrível faz parte de um todo, por vezes, caótico, mas paradoxalmente repleto de sincronia, harmonia e um propósito inteligente.
O que não conhecemos, ainda, não é fantasmagórico, surreal ou antinatural.  O que não conhecemos ou não entendemos faz parte do TODO. Desse Universo fantástico, nascido da energia e do caos. Tudo o que existe, de certa forma, é apenas energia, a qual se materializa e transforma de infinitas maneiras.

Seguidamente transcrevo, na integra a publicação do STUM

Teoria do Caos - Efeito Borboleta


No aparente caos, a sincronia



A ligação entre os acontecimentos, em determinadas circunstâncias, pode ser de natureza da ligação casual e exige um outro princípio de explicação". (Carl Jung)

No universo, nada conspira a favor ou contra, e julgamento, punição e castigo simplesmente não existem. Tudo que há no universo é um sincronismo matemático e preciso que faz com que ação e reação subexistam como o princípio e o fim de todas as coisas. Assim, em todas as circunstâncias que vivenciamos, estamos experimentando a inexorável Lei de Causa e Efeito em sintonia com as demais leis naturais.

No início da década de 1960, o meteorologista americano Eduard Lorenz descobriu que fenômenos aparentemente simples têm um comportamento tão caótico quanto a vida-morte. Ele chegou a esta conclusão ao testar um programa de computador que simulava o movimento de massas de ar. Um dia, Lorenz teclou um dos números que alimentava os cálculos da máquina com algumas casas decimais a menos, esperando que o resultado mudasse pouco. Mas a alteração insignificante transformou completamente o padrão de massas de ar. Para Lorenz era como se "o bater de asas de uma borboleta no Brasil causasse, tempos depois, um tornado no Texas". Com base nessas informações, ele formulou equações que mostravam o tal "efeito borboleta".

Estava fundada a "Teoria do Caos". Com o tempo, cientistas concluíram que a mesma imprevisibilidade aparecia em quase tudo, do ritmo dos batimentos cardíacos às cotações de bolsa de valores. Na década de 70, o matemático polonês Benoit Mandelbrot deu um novo impulso à teoria, ao notar que as equações de Lorenz batiam com as que ele próprio havia feito quando desenvolveu os fractais, figuras geradas a partir de fórmulas que retratam matematicamente a geografia da natureza, como o relevo do solo ou as ramificações de nossas veias e artérias. A junção do experimento de Lorenz com a matemática de Mandelbrot indica que o caos parece estar na essência de tudo, moldando o universo.

"As equações de Lorenz para o caos das massas de ar surgem também em experimentos com o raio laser, e as mesmas fórmulas que regem certas soluções químicas se repetem quando estudamos o ritmo desordenado das gotas de uma torneira", afirma o matemático Steven Strogatz, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Isso significa que pode haver uma estranha ordem por trás de toda a imprevisibilidade. 
Segundo a Lei Natural de Destruição, é necessário que tudo se destrua para renascer e regenerar porque a isso que o homem chama de destruição, não é mais que transformação, cujo objetivo é o melhoramento dos seres vivos. No entanto, quando predomina a destruição abusiva promovida pelo homem, toda ação que ultrapassa os limites da necessidade é considerada uma violação da leis naturais.

No contexto cósmico no qual inserimos vida e morte, entendidos como equilíbrio, desequilíbrio, transformação e renascimento, existe a vida em um planeta chamado Terra: um aparente caos, cuja temida morte envolve ocorrências individuais ou coletivas ainda não percebidas no seu sincronismo universal regido por leis naturais. 
No movimento da gangorra entre a destruição (morte, desaparecimento) e a renovação (vida, renascimento), ocorrem inúmeras situações que passam despercebidas pelo ser inteligente ainda cativo de seu egocentrismo. Não percebemos, por exemplo, que o movimento da gangorra existencial depende exclusivamente de nossas próprias escolhas durante o processo vital, ou que a "saúde" do planeta em que habitamos, também depende de nosso livre-arbítrio.

Morte e vida, destruição e criação, são engrenagens de um fantástico mecanismo chamado existência, que se aplica no macro e no microssistema, orientado pelas leis naturais que estão por trás da Teoria do Caos formulada pela ciência, e que interfere na vida humana através do livre-arbítrio. Cujo reflexo, tanto no sentido individual quanto coletivo verificamos nas consequências, que podem ser traduzidas como experiências de morte ou como experiências de vida. 
No aparente caos cósmico, que representa o ciclo de vida e morte, encontramos a sincronia de macro e micro mecanismos indispensáveis ao movimento expansionista do universo, cujo objetivo maior é a evolução das espécies vivas contida na Lei Natural do Progresso, que interdepende das demais leis naturais.
Portanto, o conhecimento de si mesmo encontra-se na relação direta de conhecimentos essenciais que apuram a percepção do eu que transcende o aqui-agora e desperta para a consciente inclusão no sincronismo do universo.

Nesta direção, conhecimentos e saberes estão em sintonia com o processo de autoconhecimento. É o caminho que leva às "escavações" que podem revelar o mistério de "haver uma estranha ordem por trás de toda imprevisibilidade", como suspeitou Strogatz.  

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

AS MÃOS DE DEUS





Quem é Deus?

Deus é Alá, Jeová, Ganesha, Rá,...?
Diferentes épocas, diferentes povos, diferentes deuses, ou apenas um Deus?
De que Deus são as "mãos" em que depositas confiadamente a tua vida?
Quantas atrocidades se cometeram e cometem ainda em nome de Deus?
Acreditas nesse teu deus, apenas porque nascestes na Europa, na Ásia, em África ou na América, e foi assim que te ensinaram?
Perguntam os céticos, os ateus e os agnósticos, por que razão morrem crianças de fome, de cancro, vítimas de guerras ou maus tratos, se Deus é perfeito.
Perguntam, também, por que razão criou Deus homens imperfeitos, cruéis ou falsos, se ele próprio é perfeito. 
As respostas, a estas questões, aparentemente simples, não são fáceis.
Podemos dar respostas simplistas, as quais nunca convencerão ninguém. Ou podemos fazer à moda da Inquisição e aterrorizar todos os que não concordam connosco.
Mas, a fé é algo demasiadamente complexo para ser explicado a alguém que não a sinta. 
No entanto, as respostas fundamentais são simples, mas não, de forma alguma, simplistas.
Quantas vezes tu, fervoroso cristão, judeu, hindu, muçulmano,..., te rebelaste, já, contra aquilo que associas ser a vontade de Deus ou contra Ele próprio?
Quantas vezes te escudaste nas palavras decoradas, de qualquer dos livros sagrados, para não teres que pôr em causa a tua própria fé, os valores por que te reges ou as opções que tomaste ao longo da vida?
Dizem alguns que a fé é o ópio do povo, porque conduz à resignação dos crentes, quando confrontados com o sofrimento, mesmo que este seja causado por outros, quantas vezes de forma cruel e desumana. 
Deus não pode ser desculpa, nem desresponsabilização. Não pode ser um escudo com que te proteges para não enfrentar a verdade, as tuas inseguranças e medos ou a ti próprio e à "condição humana".
Em cada instante da tua vida, fazes escolhas, tomas decisões. Em cada instante da tua vida escavas a vala da tua tristeza, amargura ou desilusão. Da mesma forma que constróis o "castelo" da tua felicidade, alegria e satisfação.
Se deus for Deus, ele apenas te mostrará os caminhos e aguardará a tua decisão...Caminhando ao teu lado, mostrar-te-á soluções, dar-te-á, momentos de paz, fará descer seus Anjos para te apoiarem, mas nunca contrariará as tuas decisões.
Simples, assim..... Porque a vida é um Caminho cheio de desejos, momentos, desilusões, sonhos, afetos, erros, frustrações, dores e traições, enganos e tropeços, alegrias e paixões,...
Não acreditas em Anjos? Então, quem eram aqueles que te apoiaram nos momentos em que julgaste estar só, incapaz já de suportar a dor, ou ganhar ânimo para enfrentar os problemas, e que depois saíram da tua vida de mansinho, tal como tinham entrado, deixando-te apenas uma reconfortante sensação de que nunca estiveste sozinho?
Quando a tua fé, ou o teu deus, faz de ti um ser intolerante, cruel, fanático ou que olha os demais, que não estão de acordo contigo, como ser desprezíveis ou insignificantes, o que faz de ti essa fé, ou esse deus?

O que pensas serem as formas de Deus ou os deuses se manifestarem?

Imaginas Deus como um homem semelhante a ti, ou vê-lo como algo um pouco indefinido, formado de essência e energia?


Quem é então, para ti, esse Deus, em cujo ombro reclinas tua cabeça cansada, em cujas mãos entregas tua vida?

Para te ajudar a refletir sobre o teu Deus, a tua Fé, o teu Caminho, partilho pequenos extratos da essência de algumas religiões ou filosofias espirituais.

E não deixe de ler 
O próprio caminho é o objetivo!




1 Coríntios 13
1 ¶ Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 ¶ O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.


Tiago 2:14-26O Livro (OL)

Fé sem obras é morta
14 Meus irmãos, que interessa se alguém disser que tem fé em Deus, e não fizer prova disso através de obras? Esse tipo de fé não salva ninguém. 15 Se um irmão ou irmã sofrer por falta de vestuário, ou por passar fome, 16 e se vocês lhe disserem: “Procure mas é viver pacificamente, e vá-se aquecendo e comendo como puder”, e se não lhe derem aquilo de que ele precisa para viver, uma tal resposta fará algum bem? 17 Assim também a fé cristã, se não se traduzir em atos, é morta em si mesma.
18 Poderá até dizer-se: “Você tem a fé; mas eu tenho obras. Mostre-me então a sua fé sem obras. Porque eu dou-lhe a prova da minha fé, através das minhas boas obras!”
19/20 Você crê que há um só Deus? Está muito certo. Mas lembre-se que os demónios também creem o mesmo, e tremem. Você é uma pessoa bem insensata se não conseguir compreender que a fé sem atos de nada vale.



 Os 5 Pilares do Islamismo
  1. o credo (chahada)
  2. a oração (salat)
  3. a caridade (zakat) - O muçulmano é obrigado a praticar a caridade, ajudando os mais pobres. Além de reduzir as desigualdades sociais, a caridade também serve para purificar o crente de seu egoísmo.
  4. o jejum (sawm)
  5. a peregrinação (hadj)

Roda Samsara



Carma: lei de causa e efeito
Carma no budismo 

Tradicional thangka do budismo tibetano alusivo à "Roda da Vida", com seus seis reinos. 

No budismo, o Carma (do sânscrito कर्म, transl. karmam, e em pali, kamma, "ação") é a força de samsara sobre alguém. Boas ações (páli: kusala), e/ou ações ruins (páli: akisala) geram "sementes" na mente, que virão a aflorar nesta vida ou em um renascimento subsequente. Com o objetivo de cultivar as ações positivas, o sila é um conceito importante do budismo, geralmente, traduzido como "virtude", "boa conduta", "moral" e "preceito". 
O carma, na filosofia budista, refere-se especificamente a essas ações (do corpo, da fala e da mente) que brotam da intenção mental (páli: cetana) e que geram consequências (frutos) e/ou resultados (vipaka). Cada vez que uma pessoa age, há alguma qualidade de intenção em sua mente e essa intenção muitas vezes não é demonstrada pelo seu exterior, mas está em seu interior e este determinará os efeitos dela decorrentes.


Hinduísmo

O hindu acredita na reencarnação das almas, depois da morte, segundo os méritos.
Acredita também na possibilidade de libertação do homem do ciclo da reencarnação. A ética hinduísta consiste em quatro noções: é preciso aspirar à virtude, mesmo em detrimento de certos bens materiais; a virtude é a prática da não-violência; tem que sofrer pelos outros; e os vícios conduzem ao destino demoníaco que é a vida transmigrante.


Taoísmo


道 可 道, 非常 道.
"O caminho que pode ser descrito não é o verdadeiro caminho."
(O tao (caminho ou o caminho) pode ser dito, não da forma usual.)

名 可 名, 非常 名.
"O nome que pode ser nomeado não é o nome constante."
(Os nomes podem ser citados, os nomes não usuais.)

Tao, literalmente, significa "caminho" ou "o caminho" e pode significar figuradamente "natureza essencial", "destino", "princípio", ou "caminho verdadeiro". O filosófico e religioso tao é infinito, sem qualquer limitação. Um ponto de vista afirma que a abertura paradoxal destina-se a preparar o leitor para os ensinamentos sobre o tao não ensinável. Acredita-se que o tao é transcendente, indistinto e sem forma. Por isso, não pode ser nomeado ou categorizado. Mesmo a palavra "tao" pode ser considerada uma perigosa tentação de fazer do tao um nome limitador.



Fontes: Wikipédia - Biblia online