O Sofrimento de
Jó - Preso Entre o Bem e o Mal
A figura bíblica
de Jó sempre nos causa certa surpresa. O Justo que sofre. O Homem bom que é
acometido de uma série de males permanece um mistério. A pergunta é como é que Deus
pode permitir o sofrimento, ou melhor, como é que Deus não interfere em toda miséria
que assalta o homem?
Jung, com
maestria, intuiu que o Livro de Jó, mais do que um tratado sobre Deus, revela a
duplicidade da alma humana. O bem e o mal que fustigam Jó, não estão fora dele.
A linguagem bíblica é antropomórfica. Deus não é responsável pelo mal humano. Mas essa não é a discussão em questão, cabe aos teólogos lidarem com isso.
Quereremos entender, não Deus, mas como o homem Jó lida com as suas mazelas, com o sofrimento que o atinge.
A linguagem bíblica é antropomórfica. Deus não é responsável pelo mal humano. Mas essa não é a discussão em questão, cabe aos teólogos lidarem com isso.
Quereremos entender, não Deus, mas como o homem Jó lida com as suas mazelas, com o sofrimento que o atinge.
A Atitude de Jó
é também nossa, negamos o mal, o maldizemos e o amaldiçoamos. Comportamento
inconsciente ou consciente que aumenta o sofrimento.
Jó passa mais da metade do livro se lamentando, juntamente com a esposa e um grupo de amigos.
Reconciliar-se com a dor, aceitar o mal, como parte integrante do processo de crescimento, leva tempo. Em um dado momento Jó percebe que de Deus vêm os bens e os males, ao homem cabe aceitar o seu fado.
Jó passa mais da metade do livro se lamentando, juntamente com a esposa e um grupo de amigos.
Reconciliar-se com a dor, aceitar o mal, como parte integrante do processo de crescimento, leva tempo. Em um dado momento Jó percebe que de Deus vêm os bens e os males, ao homem cabe aceitar o seu fado.
Parece uma ideia
muito alienante e medíocre? Não. Ela é libertadora. Não estou afirmando que se
deve passivamente aceitar o mal em todas as suas formas. A luta contra o mal e
as suas consequências deve ser sempre serena.
A maldade não se
vence com maldade. O algoz da maldade será sempre a bondade.
Faz-se necessário reconciliar-se com a maldade interior, trazê-la à tona. Não ter medo de conhecê-la. Não somos anjos, nem nunca seremos, somos somente humanos.
Somente quando Jó compreende a natureza da dor e o seu caráter libertador experimenta a tranquilidade da alma.
Faz-se necessário reconciliar-se com a maldade interior, trazê-la à tona. Não ter medo de conhecê-la. Não somos anjos, nem nunca seremos, somos somente humanos.
Somente quando Jó compreende a natureza da dor e o seu caráter libertador experimenta a tranquilidade da alma.
Ainda que pareça
contraditório, o sofrimento tem caráter redentor, pode ser todo o início do
processo de individuação e da salvação da própria existência.
Enfrentar as mazelas da vida com dignidade e hombridade, eis o desafio...!
Enfrentar as mazelas da vida com dignidade e hombridade, eis o desafio...!
Irmão Fred
(Walter Fredericus Garz Filho)
Mosteiro
Beneditino
UBUNTU - "Eu sou porque nós somos"
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os seu comentários, sugestões, pedidos de partilha, etc. são, para além de muito bem-vindos, essenciais para que seja possível atingir os objetivos para os quais este blog foi criado.