Mito (do grego antigo μυθος,
translit. "mithós") é uma narrativa de caráter simbólico-imagético,
relacionada com uma dada cultura, que procura explicar e demonstrar, por meio
da ação e do modo de ser das personagens, a origem das coisas.
O
termo "mito" é, por vezes, utilizado de forma pejorativa referindo-se às crenças, das diversas comunidades, consideradas sem fundamento objetivo ou científico e vistas apenas como fazendo parte de um universo imaginário.
Acontecimentos
históricos podem transformar-se em lendas, se adquirem uma determinada carga
simbólica, para uma dada cultura, e serem confundidos com mitos.
Lenda é uma narrativa
fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De
caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos
com fatos irreais que são meramente produto da imaginação humana.
Lenda não é uma mentira, nem tão pouco uma
verdade absoluta, mas, para sobreviver na memória dos tempos, ela deve
ter, no mínimo, uma parcela de fatos verídicos.
Muitos
pesquisadores, historiadores ou folcloristas, afirmam que as lendas são apenas
frutos da imaginação popular, porém, para muitos povos, as lendas são "os
livros na memória dos mais sábios".
Realidade, do latim realitas, isto é, "coisa", significa em uso comum "tudo o que
existe". Em seu sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou
não perceptível, acessível ou entendido pela ciência, filosofia ou qualquer
outro sistema de análise.
O
real é tido como aquilo que existe fora da mente ou dentro dela também. A
ilusão e/ou a imaginação, embora não estejam expressas na realidade tangível
extra-mentis, existem ontologicamente, ou seja: intra-mentis. E são, portanto,
reais, ainda que possam ter uma natureza ilusória.
No senso comum, realidade significa o ajuste que fazemos entre a imagem e a ideia
da coisa, entre verdade e verosimilhança.
Na
interpretação ou representação do real, (verdade subjetiva ou crença), a
realidade está sujeita ao campo das escolhas.
A
verdade (subjetiva) pode, às vezes, estar próxima da realidade, mas depende das
situações, contextos, premissas de pensamento e cria dúvidas
reflexivas. Às vezes, a interpretação daquilo que observamos depende mais das nossas escolhas, que são um conjunto de normas, do que das próprias evidências.
Quem é, ou foi, Madre Teresa de Calcutá?
- Um Mito, uma Lenda ou a Realidade?
- Uma Santa ou um Anjo do Inferno?
Anjezë
Gonxhe Bojaxhiu M.C. (Skopje, 26 de agosto de 1910 — Calcutá, 5 de setembro de
1997), conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá ou Beata Teresa de
Calcutá, foi uma missionária católica de etnia albanesa, nascida no Império
Otomano, na capital da atual República da Macedônia e, posteriormente, naturalizada indiana.
Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida, ainda em vida, pelo cognome de "Santa das sarjetas".
Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida, ainda em vida, pelo cognome de "Santa das sarjetas".
Na
Índia, ao serviço da congregação “Irmãs de Nossa Senhora do Loreto”, como
professora, juntou ao primeiro lar infantil "Sishi Bavan" (Casa da
Esperança), fundado em 1952, o "Lar dos Moribundos", em
Kalighat.
A princípio, teve problemas de ordem religiosa, com alguns grupos que professavam outra fé e, consequentemente, uma outra religião e cultura, mas, com o passar do tempo, todos foram percebendo que ela tinha realmente boas intenções e que a sua obra tinha verdadeiramente um caráter nobre. Assim, ela começou a receber donativos de hindus, muçulmanos, budistas, etc., o que lhe possibilitou acorrer a outras situações difíceis e problemáticas, tais como crianças abandonadas, pessoas sofrendo de SIDA, mulheres que foram violadas e engravidaram, leprosos.
A princípio, teve problemas de ordem religiosa, com alguns grupos que professavam outra fé e, consequentemente, uma outra religião e cultura, mas, com o passar do tempo, todos foram percebendo que ela tinha realmente boas intenções e que a sua obra tinha verdadeiramente um caráter nobre. Assim, ela começou a receber donativos de hindus, muçulmanos, budistas, etc., o que lhe possibilitou acorrer a outras situações difíceis e problemáticas, tais como crianças abandonadas, pessoas sofrendo de SIDA, mulheres que foram violadas e engravidaram, leprosos.
Mais
de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação Missionárias da
Caridade, a qual, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua presença missionária em países
como a Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados
Unidos da América, Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China etc.
O
reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prémio Templeton, em 1973, com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979 e, finalmente, com a sua beatificação pela Igreja Católica em 2003.
O seu funeral, em 1997, teve honras de Estado e contou com a presença de personalidades vindas de diversas partes do mundo.
Um
de seus pensamentos era este: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o
mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”.
Madre
Teresa, em suas cartas, descreveu como sentia falta de respostas de Deus. Em
1956 escreveu: "Tão profunda ânsia por Deus - e ... repulsa - vazio - sem
fé - sem amor - sem fervor. Não atrai Almas. - O céu não significa nada - reze
por mim para que eu continue sorrindo para Ele, apesar de tudo." Em 1959:
"Se não houver Deus - não pode haver alma - se não houver alma então,
Jesus - Você também não é real."
Uma
de suas cartas para o Padre Neuner dizia: "Pela primeira vez, ao longo de 11
anos - cheguei a amar a escuridão. - Pois agora acredito que é parte, uma parte
muito, muito pequena da escuridão e da dor de Jesus neste mundo. O Senhor
ensinou-me a aceitá-la [como] um 'lado espiritual de sua obra', como escreveu.
- Hoje senti realmente uma profunda alegria - que Jesus já não pode passar pela
agonia - mas que quer passar por mim. - Abandono-me a Ele mais do que nunca. -
Sim - mais do que nunca estarei à disposição." Fonte Wikipédia
Por outro lado, Christopher Hitchens, um dos expoentes máximos do ateísmo moderno, teceu fortes críticas a Madre Teresa, particularmente no seu livro "The Missionary Position: Mother Teresa in Theory and Practice" e os investigadores Serge Larivee e Genevieve Chenard, do Departamento de Psicoeducação da Universidade de Montreal, e Carole Sénéchal, da Universidade de Ottawa, após a análise de quase 300 trabalhos publicados sobre Madre Teresa, boletins médicos e reportagens do jornalista britânico Christopher Hitchens, concluíram que Madre Teresa estava muito mais disposta a orar pelos pobres do que a oferecer atendimento médico prático.
Este investigadores sustentam que o Vaticano deixou de lado as preocupações sobre a personalidade, contactos e transações financeiras suspeitas, envolvendo a missionária. Tal como a "maneira duvidosa" de cuidar dos doentes, as suas questionáveis afiliações políticas, a suspeita de gestão danosa das grandes somas de dinheiro doadas à Instituição, por ela fundada, e os seus pontos de vista, excessivamente dogmáticos sobre contracepção, aborto e o divórcio", afirma o site da Universidade de Montreal.
Neste estudo afirma-se que a freira mantinha 517 missões, em mais de cem países, no momento de sua morte, mas que a maioria dos doentes não recebia os cuidados adequados e, muitos, eram deixados para morrer. A pesquisa questiona, também, um dos milagres que lhe foram atribuídos, a cura de um tumor, no ovário da indiana Monica Besra, a qual, de facto, se teria ficado a dever aos tratamentos e medicamentos prescritos pelos médicos.
Fontes: O Globo, Portugal Mundial, Wikipédia e Google Livros
Madre Teresa deixou-nos Mensagens de Amor incontornáveis. Deixou-nos uma Obra, por ela criada, que tem vindo, desde sempre, a ajudar diversas pessoas, órfãos, doentes, vítimas de violência....
Mas algumas investigações, jornalísticas e universitárias, parecem ter fundamentos para nos mostrar uma outra face desta freira.
Seria ela uma fanática religiosa, ou uma sádica que se comprazia com o sofrimento alheio, aproveitando para retirar dividendos para si própria?
Será ela um Mito, uma Lenda ou a Realidade?
Provavelmente, nunca teremos a certeza de quem foi, de facto, Madre Teresa de Calcutá. Pois, para sempre, permanecerá a dúvida. Para sempre, ressoaram vozes discordantes.
Só a própria saberia o que lhe ia na alma.
É sempre perigoso ter ídolos, pois estes, na maioria dos casos, têm "pés de barro".
É sempre perigoso "apostar" tudo em alguém, porque somos todos imperfeitos.
Na verdade, o que é importante é o que fica de bom, nos transforma, nos ajuda a ser melhores e a transcendermo-nos.
Resta-nos, portanto, a certeza e a consolação de que Madre Teresa nos deixou a sua Obra, as suas Palavras e as suas Ações e que estas inspiraram e continuam a inspirar, positivamente, muita gente, o que faz com que o Mundo se torne num lugar um pouco melhor....
UBUNTU - “Eu sou porque nós somos”
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os seu comentários, sugestões, pedidos de partilha, etc. são, para além de muito bem-vindos, essenciais para que seja possível atingir os objetivos para os quais este blog foi criado.