Quantas vezes ficamos sem palavras?
Nessas alturas não nos ocorre dizer nada. Nenhum frase eloquente. Nenhuma tirada de génio. Nenhuma piada acutilante e precisa.
Isso acontece, principalmente, quando somos apanhados de surpresa.
Quando alguém, inesperadamente, sem provocação ou motivo aparente, nos ofende, ridiculariza, trai ou revela segredos ou algo embaraçoso a nosso respeito, a reação de quase todos nós é, por momentos, ficarmos sem palavras.
Minutos ou horas depois, ocorrem-nos todas as coisas brilhantes ou certeiras que poderíamos ter dito na altura, mas são, como se diz por aqui, "sopas depois do almoço".
Ficamos irritados por não termos tido a presença de espírito suficiente para darmos uma resposta à altura.
No entanto, se pensarmos bem, talvez tenha sido melhor assim. A nossa ausência de resposta apenas revela que fomos apanhados de surpresa e não que tenhamos qualquer incapacidade intelectual ou de comunicação.
Mas, acima de tudo, revela que não estávamos ali com quaisquer intenções maléficas, nem com qualquer tipo de premeditação negativa.
Momentaneamente, o nosso recém revelado "oponente" parece ter ganho um tipo qualquer de batalha, mas, se pensarmos melhor, constataremos que nós não fazemos parte daquela guerra. Pois ela é, só e apenas, uma guerra pessoal do nosso oponente, a qual pouco ou nada tem a ver connosco.
As pessoas infelizes e negativas têm tendência para tentar humilhar os outros, para assim tentar obter um qualquer tipo de satisfação que a sua própria vida não lhes dá.
Quando me refiro a pessoas infelizes não estou a falar de pessoas que têm problemas graves, seja de que tipo for, mas sim de pessoas negativas que escolheram como "modo de vida" a infelicidade, para a qual tentam arrastar todos os que deles se aproximam.
O melhor mesmo é evitar relacionarmo-nos com pessoas negativas, mas se, de todo em todo, tal não for possível, devemos procurar que os nossos contactos sejam tão breves e distantes (sem envolvimento afetivo e emocional) quanto nos for possível.
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