Se alguém afirmar publicamente que ouve vozes é imediatamente rotulado de louco, pela sociedade.
Ouvir vozes está fortemente conotado com esquizofrenia e outras demências ou debilidades mentais.
Mas, o ouvir vozes ou até ter visões está, também, relacionado com determinadas crenças ou práticas de algumas religiões e correntes místicas e espiritualistas, tais como o espiritismo ou o xamanismo.
Na maior parte das sociedades, o senso comum diz que tudo isto são disparates de pessoas demasiado crédulas ou débeis emocional, espiritual ou mentalmente.
No entanto, figuras maiores da religião, respeitadas e veneradas por grande número de pessoas, como Joana d'Arc ou Santa Teresa de Ávila, afirmavam ter conversas com Deus, atingindo estados de profundo êxtase e distanciamento do mundo material.
Segundo a Bíblia, Moisés falou com Deus no alto do Monte Sinai e Nossa Senhora recebeu a visita do Anjo, o qual lhe veio trazer a Boa Nova.
Estes são apenas alguns, dos muitos, exemplos de figuras históricas, bem conhecidas, respeitadas ou veneradas, que asseguraram ter ouvido vozes ou tido visões. Paradoxalmente, as suas versões, desses acontecimentos, foram e são aceites, sem grandes juízos de valor, por muitos daqueles que asseveravam ou asseveram, sem qualquer sombra de dúvida, que quem ouve vozes é louco.
Se sairmos desta zona de conforto, das personagens históricas, e nos debruçarmos sobre uma realidade mais próxima e corriqueira, com quem falamos nós quando dizemos ter "conversas com os nossos botões"?
De quem é a voz com quem tantas vezes argumentamos, quando estamos sozinhos?
Ou a voz interior que nos crítica, desmotiva e nos faz sentir envergonhados?
Ou, aquela outra que nos acalma, conforta, dá força e nos faz ver as coisas numa outra perspetiva?
Ou ainda a outra que nos dá sábios conselhos, nos ajuda desvendar mistérios, ou que connosco coopera para que alcancemos os nossos objetivos?
Poderemos responder a todas estas questões, dizendo que esta voz é sempre a mesma e nada mais é do que o nosso pensamento e capacidade raciocinar. Essa é a resposta fácil, que nunca nos compromete, nem obriga a fazer grandes análises ou dar complexas explicações.
Mas, quantas vezes esta voz nos diz coisas que não temos qualquer consciência de saber?
Quantas vezes ela nos revela uma sabedoria para a qual não temos vivências suficientes?
Quanta vezes ela nos impele a que alteremos um projeto ou percurso, de uma forma que jamais havíamos pensado?
Quantas vezes ela nos incita para que ousemos arriscar, em busca do amor, da paz, ou da felicidade?
E, quantas vezes ela se cala, ou, pelo menos deixamos de a conseguir ouvir, tendo, então, a sensação de que ficámos sós e que essa sábia e reconfortante voz nos abandonou?
E, se Deus nos falasse, como conseguiríamos distinguir entre a sua Voz e o nosso pensamento?
Mas, se aceitarmos que Deus vive dentro de nós. Exatamente o mesmo Deus que criou os Universos. Exatamente o mesmo que nos rodeia. Aquele a quem pedimos ajuda e de quem esperamos o perdão. Então perceberemos que é a Ele que pertence aquela voz que nos acalma e guia, que nos faz sentir corajosos e amados, sempre que conseguimos silenciar a nossa mente.
Segundo a Bíblia, Moisés falou com Deus no alto do Monte Sinai e Nossa Senhora recebeu a visita do Anjo, o qual lhe veio trazer a Boa Nova.
Estes são apenas alguns, dos muitos, exemplos de figuras históricas, bem conhecidas, respeitadas ou veneradas, que asseguraram ter ouvido vozes ou tido visões. Paradoxalmente, as suas versões, desses acontecimentos, foram e são aceites, sem grandes juízos de valor, por muitos daqueles que asseveravam ou asseveram, sem qualquer sombra de dúvida, que quem ouve vozes é louco.
Artista - Yuhon |
De quem é a voz com quem tantas vezes argumentamos, quando estamos sozinhos?
Ou a voz interior que nos crítica, desmotiva e nos faz sentir envergonhados?
Ou, aquela outra que nos acalma, conforta, dá força e nos faz ver as coisas numa outra perspetiva?
Ou ainda a outra que nos dá sábios conselhos, nos ajuda desvendar mistérios, ou que connosco coopera para que alcancemos os nossos objetivos?
Poderemos responder a todas estas questões, dizendo que esta voz é sempre a mesma e nada mais é do que o nosso pensamento e capacidade raciocinar. Essa é a resposta fácil, que nunca nos compromete, nem obriga a fazer grandes análises ou dar complexas explicações.
Mas, quantas vezes esta voz nos diz coisas que não temos qualquer consciência de saber?
Quantas vezes ela nos revela uma sabedoria para a qual não temos vivências suficientes?
Quanta vezes ela nos impele a que alteremos um projeto ou percurso, de uma forma que jamais havíamos pensado?
Quantas vezes ela nos incita para que ousemos arriscar, em busca do amor, da paz, ou da felicidade?
E, quantas vezes ela se cala, ou, pelo menos deixamos de a conseguir ouvir, tendo, então, a sensação de que ficámos sós e que essa sábia e reconfortante voz nos abandonou?
E, se Deus nos falasse, como conseguiríamos distinguir entre a sua Voz e o nosso pensamento?
Mas, se aceitarmos que Deus vive dentro de nós. Exatamente o mesmo Deus que criou os Universos. Exatamente o mesmo que nos rodeia. Aquele a quem pedimos ajuda e de quem esperamos o perdão. Então perceberemos que é a Ele que pertence aquela voz que nos acalma e guia, que nos faz sentir corajosos e amados, sempre que conseguimos silenciar a nossa mente.
Artista - Görsel; Rassoul |